segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Quarto Bimestre - Recuperação e Aprofundamento - Atividade de 19/10 a 2/11 - A Revolução Industrial

 


Habilidade desenvolvida: Identificar o significado e as consequencias da divisão do trabalho para o trabalhador


Passo 1: Leia o seguinte texto com bastante atenção:



Mulheres, crianças e a produção fabril

A maioria dos historiadores concorda que as relações de trabalho definem traços essenciais de uma sociedade. Antes da chamada Revolução Industrial, a forma com que proprietários e trabalhadores se relacionavam era muito diferente daquela estabelecida pela produção fabril, que a substituiu.

Antes da Revolução Industrial, mulheres e crianças já trabalhavam na produção de tecidos. Porém, com o sistema fabril, elas se tornaram a mão de obra preferencial de quase toda atividade ligada ao vestuário. Nas imagens a seguir, mulheres e meninas trabalham na confecção de tecidos e sapatos; na primeira, ainda predominava o sistema artesanal; na segunda, cada grupo de mulheres foi representado fazendo uma tarefa específica, de acordo com a nova divisão do trabalho, sob a supervisão de homens.

"Na verdade não havia horas regulares: patrões e administradores faziam conosco o que queriam. Normal-mente os relógios das fábricas eram adiantados pela manhã e atrasados à tarde e em lugar de serem instrumentos de medida do tempo eram utilizados para o engano e a opressão."
Anônimo. Capítulos na vida de um menino operário de Dundee, na Escócia, em 1887.


Passo 2: Responda as seguintes questões:


a) Como era o trabalho das mulheres e das crianças na produção de tecidos antes da Revolução Industrial?

b) Como ficaram as condições de trabalho depois da revolução industrial, segundo o relato do texto?


Envias as tarefas para o seguinte e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br






quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Terceiro Bimestre - A Revolução Industrial - Atividade de 28/09 a 11/10

 

Habilidade desenvolvida: Identificar o significado e as consequencias da divisão do trabalho para o trabalhador

Passo 1: Assista a seguinte aula sobre a Revolução Industrial e anote no seu caderno, se quiser, as principais informações contidas nesta aula:





Passo 2: Elabore uma pesquisa sobre a Revolução Industrial e não esqueça de colocar as referências bibliográficas.


Bons estudos!


Não esqueça de enviar a pesquisa para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br


sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Recuperando e revisando conteúdos - Terceiro Bimestre - A Conjuração Mineira - Atividade de 14/09 a 27/09

 


Habilidade desenvolvida: Compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, do presente e do passado, de forma a favorecer a atuação consciente e o comportamento ético do indivíduo na sociedade.


Leia os seguintes textos, em seguida responda as questões:


Texto 1

A derrama em Minas Gerais

Desde 1750, a Coroa portuguesa estipulava a cota de 100 arrobas anuais de ouro para enviar à metrópole, suspeitando, com razão, de que muito ouro estava sendo contrabandeado. Em 1788, a capitania devia à Real Fazenda a impressionante quantidade de 538 arrobas de ouro. O risco da derrama produziu um duplo descontentamento: da população, com a possibilidade de ter de arcar com despesas para as quais não tinha recursos suficientes, e dos contratadores, apavorados com a execução de suas dívidas. Foi a motivação da Inconfidência ou Conjuração Mineira.


a) O que era a derrama? Se não souber, faça uma rápida pesquisa.

b) Pesquise no dicionário a diferença que existe entre as palavras "inconfidência e conjuração".


Texto 2

Herói?

Joaquim José da Silva Xavier, conhecido como Tiradentes, foi um dos mais entusiasmados participantes da Inconfidência Mineira, de 1789. Depois de sua morte por enforcamento e posterior esquartejamento, foi considerado por alguns historiadores como revolucionário; por outros, como um falastrão. Na segunda metade do século XIX, mesmo admitindo-se seu papel secundário no movimento, sua imagem foi comparada à de Cristo, beijando os pés e as mãos de seu carrasco, e Joaquim Silvério dos Reis, o delator, foi comparado a Judas. Depois da proclamação da República, em 1889, adquiriu o status de mártir da Independência. Em 1890, o dia 21 de abril, data de sua execução, foi transformado em feriado nacional. Um decreto de 1965 proclamou-o "patrono cívico da nação brasileira".


a) De acordo com o texto, podemos afirmar que a imagem de Tiradentes foi reconstruída ao longo da História?

b) Como Tiradentes foi retratado na segunda metade do século XIX?


Texto 3

Reflexões

A Inconfidência Mineira não foi o primeiro movimento de rebelião ocorrido em Minas Gerais. Houve outros, como em Curvelo (1760-1763 e em 1776), em Mariana (1768) e em Sabará (1775). Neles, atacava-se o rei com palavras insultuosas, como demente e tirano, e seu ministro, o Marquês de Pombal. Naquele período, era considerado crime de inconfidência atacar, mesmo que verbalmente, a figura do rei. A diferença entre essas revoltas e a Inconfidência de 1789 é que esses movimentos não tiveram motivações separatistas em relação a Portugal. Foram sedições que demonstravam o desagrado de muitos em relação às ações da Coroa, como a expulsão dos jesuítas, e as rivalidades entre os poderosos da região mineradora.


a) Podemos considerar que essas manifestações tiveram alguma influência na Inconfidência de 1789?

b) Quais seriam as principais diferenças entre as revoltas de Curvelo, Mariana e Sabará da Conjuração Mineira?


Enviar as respostas das questões para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br









quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Conjuração Mineira e Conjuração Baiana - Terceiro Bimestre - Atividade de 17/08 a 31/08

 

Habilidade desenvolvida: Compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, do presente e do passado, de forma a favorecer a atuação consciente e o comportamento ético do indivíduo na sociedade.


Passo 1: Assista a seguinte aula sobre a Conjuração Mineira e a Conjuração Baiana e anote no seu caderno, se quiser, as principais características desses movimentos contestatórios: 





Passo 2: Elabore uma pesquisa sobre a Conjuração Mineira, enfatizando o papel de Tiradentes neste movimento. Não esqueça de colocar, no final dela, as referências, fontes, bibliografia.



Enviar a pesquisa para o meu e-mail: mirellef@prof.educacao.sp.gov.br

segunda-feira, 3 de agosto de 2020

A independência dos EUA - Terceiro Bimestre - Atividades de 03/08 a 16/08


Habilidades desenvolvidas: Compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, do presente e do passado, de forma a favorecer a atuação consciente e o comportamento ético do indivíduo na sociedade.

Passo 1: Assista a seguinte aula sobre o processo de independência dos EUA, anote as principais informações da aula no seu caderno, se quiser:




Passo 2: Leia o seguinte texto e depois responda as questões:

A Independência dos EUA

Os colonos do Norte estenderam as suas atividades comerciais ultrapassando as fronteiras coloniais, formando os triângulos comerciais.

O primeiro triângulo teve início com o comércio de peixe, madeira, gado e outros produtos alimentícios com as Antilhas, onde obtinham rum, melaço e açúcar. Em Nova York e na Pensilvânia o melaço era transformado em rum, e junto com o rum adquirido nas Antilhas era enviado para a África em troca de escravos, que eram trazidos para as Antilhas ou para as colônias do Sul que necessitavam de mão-de-obra escrava.

O outro triângulo trocava carregamentos na Jamaica por melaço e açúcar, tais produtos eram levados para a Inglaterra onde eram trocados por tecidos e ferragens e levados aos portos de Nova York e Filadélfia.

O terceiro triângulo iniciou com o transporte de peixe, cereais e madeira para a Espanha e Portugal.

Podemos verificar que as Leis de Navegação favoreciam o desenvolvimento das colônias, pois não havia fiscalização adequada e as leis não eram aplicadas. No entanto, surgiu uma concorrência entre o comércio colonial e o comércio metropolitano, e os atritos acabaram levando ao processo de emancipação dos Estados Unidos da América.

Influência da Guerra dos Sete Anos

Disputada entre a Inglaterra e a França, a guerra dos Sete Anos ocorreu de 1756 a 1763. Os ingleses venceram a guerra e se apoderaram de quase todo Império Colonial francês, além das terras controladas pelos franceses situadas no Canadá. O Parlamento inglês tomou a decisão de cobrar dos colonos norte-americanos parte das despesas da guerra, aumentando as taxas e fortalecendo os direitos da Coroa na América.

Novos impostos ingleses

Para pagar as despesas da força militar disposta nas possessões americanas, e que contava com 10 mil homens, o Parlamento inglês decidiu cobrar novos impostos, que geravam 1/3 da quantia necessária para manter a força militar. O Sugar Act (Lei do Açúcar) foi aprovado em 1764, e o Stamp Act (Lei do Selo) foi aprovado em 1765.

Lei do Açúcar – impede a importação de rum estrangeiro e taxa os produtos que não fossem procedentes das Antilhas britânicas.
Lei do Selo – Estabeleceu a cobrança de impostos sobre documentos, exigindo a selagem em contratos, jornais, e até em baralhos e dados.
Boicotados pelos norte-americanos, os colonos e os comerciantes ingleses pressionaram o Parlamento até que as Leis do Açúcar e do Selo foram revogadas.

Lei dos Alojamentos – ratificada em 1765, exigia que os colonos norte-americanos pagassem pelos alojamentos e alimentação das tropas inglesas.
Lei do Chá (Tea Act) – aprovada em 1773, foi a causa imediata para a crise entre a colônia e a metrópole. Tal lei concedia o monopólio do comércio do chá à Companhia das Índias Orientais, o qual era do interesse econômico de vários políticos ingleses. O chá seria transportado pela Companhia diretamente das Índias para a América, prejudicando todos os intermediários situados na colônia.

Festa do chá em Boston – uma manifestação realizada por comerciantes vestidos de índios, que destruíram 300 caixas de chá retiradas dos navios ingleses, no porto de Boston.

Leis intoleráveis – em 1774 o Parlamento promulgou algumas leis em contrapartida à revolta da Festa do Chá, para conter energicamente a revolta dos comerciantes. As medidas adotadas foram: a interdição do porto de Boston até o pagamento dos prejuízos; os colonos ingleses que cometessem crimes seriam punidos e julgados em outras colônias ou na Inglaterra.

O Processo da Independência (1776-1783)

As Leis Intoleráveis provocaram a convocação do Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, em setembro de 1774. Tal Congresso, de caráter não-separatista, envia um requerimento ao rei e ao Parlamento solicitando a anulação das Leis Intoleráveis, de modo que a igualdade de direito dos colonos se concretize.

Com a Batalha de Lexington em 1775, que terminou com a morte de colonos, estes passaram a se organizar militarmente. Este fato foi considerado o marco inicial da Guerra da Independência. Neste mesmo ano reúne-se o Segundo Congresso Continental de Filadélfia, de caráter separatista, que nomeou George Washington, da Virgínia, como comandante das tropas norte-americanas. A Declaração de Independência foi redigida por Thomas Jefferson, com a colaboração de outros 5 membros, e em 4 de julho de 1776 foi promulgada. Esta Declaração é inspirada nas idéias iluministas, defendendo a liberdade individual e o respeito aos direitos essenciais do homem.

O apoio francês contribuiu para o fortalecimento das lutas pela independência dos EUA. Os franceses cediam o capital necessário para manter o movimento e colocavam os espanhóis contra os ingleses.

Em 1781, o Exército inglês se rendeu após ser derrotado em Yorktown pelas tropas rebeldes.

O Tratado de Versalhes (1783) reconheceu a Independência dos Estados Unidos. E os aliados norte-americanos são recompensados, a França recuperou o Senegal e algumas ilhas das Antilhas, e a Espanha recebeu a ilha de Minorca e a região da Flórida.

A Primeira Constituição dos EUA foi proclamada em 1787, determinando o regime republicano presidencialista, com a separação dos poderes em Executivo (administração), Legislativo (elaboração das leis) e Judiciário (aplicação da justiça).

Fonte: https://www.colegioweb.com.br/historia/principais-atividades.html


a) Como a Guerra dos 7 anos influenciou no processo de Independência dos EUA?

b) Cite e explique dois impostos que os ingleses implementaram nesse período.

c) Explique o que foi a Festa do Chá em Boston.

d) Cite algumas medidas adotadas através das Leis intoleráveis.

e) Como os franceses auxiliaram os colonos na luta pela independência?

f) Escreva duas características da Primeira Constituição dos EUA. 



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sexta-feira, 10 de julho de 2020

A colonização portuguesa na América - Atividade de 13/07 a 31/07




Colonização Portuguesa - Habilidades desenvolvidas: Estabelecer relações entre as formas de colonização portuguesa, espanhola e inglesa, identificando as suas semelhanças e diferenças.

Passo1: Assista com bastante atenção a seguinte aula sobre a Colonização Portuguesa na América:



Passo 2: Leia o seguinte texto e depois responda as questões:


No tempo do pau-brasil

Entre 1500 e 1530, além de enviarem algumas expedições de reconhecimento do litoral (guarda-costas), os portugueses estabeleceram algumas feitorias no litoral do Brasil, onde adquiriam pau-brasil dos indígenas em troca de mercadorias como espelhos, facas, tesouras e agulhas. Tratava-se, portanto, de uma troca muito simples: o escambo, isto é, troca direta de mercadorias, envolvendo portugueses e indígenas.

Os indígenas davam muito valor às mercadorias oferecidas pelos portugueses, a exemplo de tesouras ou facas, que eram rapidamente aproveitadas em seus trabalhos. Mas, em termos de valor de mercado, o escambo era mais vantajoso para os portugueses, pois ofereciam mercadorias baratas, enquanto o pau-brasil alcançava excelente preço na Europa. Além disso, os indígenas faziam todo o trabalho de abater as árvores, arrumar os troncos e carregá-los até as feitorias. Não por acaso, os portugueses incluíam machados de ferro entre as ofertas, pois facilitavam imensamente a derrubada das árvores.

A exploração do pau-brasil, madeira valiosa para o fabrico de tintura vermelha para tecidos, foi reservada como monopólio exclusivo do rei, sendo portanto um produto sob regime de estanco. Mas o rei arrendava esse privilégio a particulares, como o comerciante Fernando de Noronha, primeiro contratante desse negócio, em 1501.

O exemplo da Nau Bretoa

A partir de 1511, entretanto, o rei procurou regulamentar a exploração e comercialização do pau-brasil por meio do Regimento da Nau Bretoa, documento mais conhecido sobre essas negociações. Aliás, a viagem da Nau Bretoa rendeu lucro extraordinário aos portugueses, pois levou para o reino mais de 5 mil toras de pau-brasil, pesando cerca de 100 toneladas.

O mais interessante nesse documento é o que ele revela sobre o cotidiano dos marujos: saíam para negociar com os nativos, dormiam com as nativas e muitas vezes sequer regressavam aos navios, práticas proibidas pelo regulamento. Muitos dos supostos "náufragos" desses primeiros tempos eram apenas desertores, que preferiam viver entre os indígenas a voltar para Portugal.

O pau-brasil foi a primeira grande riqueza da terra explorada pelos portugueses até a introdução da economia açucareira, na década de 1530. Estima-se que, no século XVI, mais de dois milhões de árvores tenham sido derrubadas. No século XVII, esse número foi ainda maior. A extração da madeira tintória continuou tendo grande importância até o século XIX.

O público e o privado: capitanias hereditárias e Governo-geral
No início do século XVI, cerca de 65% da renda do Estado português provinha do comércio ultramarino. O monarca português transformou-se em um autêntico empresário, agraciando nobres e mercadores com a concessão de monopólios de rotas comerciais e de terras na Ásia, na África e na América.

Apesar da rentabilidade do pau-brasil, nas primeiras décadas do século XVI a importância do litoral brasileiro para Portugal era sobretudo estratégica. A frota da Índia, que concentrava os negócios portugueses, contava com escalas no Brasil para reparos de navios de reabastecimento de alimentos e água. A presença crescente de navegadores franceses no litoral, também interessados no pau-brasil, foi vista pela Coroa portuguesa como uma ameaça.

O regime de capitanias



Para preservar a segurança da rota oriental, os portugueses organizaram a colonização do Brasil. A solução adotada por d. João III, em 1532, foi o sistema de capitanias hereditárias, que já havia sido utilizado na colonização do arquipélago da Madeira. O litoral foi dividido em capitanias, concedidas, em geral, a cavaleiros da pequena nobreza que se destacaram na expansão para a África e para a Índia.

Em suas respectivas capitanias (veja o mapa seguir), os donatários ficavam incumbidos de representar o rei no que se referia à defesa militar do território, ao governo dos colonos, à aplicação da justiça e à arrecadação dos impostos, recebendo, em contrapartida, privilégios particulares. Os direitos e deveres dos donatários eram fixados na carta de doação, complementada pelos forais.

Em recompensa por arcar com os custos da colonização, os donatários recebiam vasta extensão de terras para sua própria exploração, incluindo o direito de transmitir os benefícios e o cargo a seus herdeiros. Além disso, eram autorizados a receber parte dos impostos devidos ao rei, em especial 10% de todas as rendas arrecadadas na capitania e 5% dos lucros derivados da exploração do pau-brasil.

Governo-geral na Bahia

Foi por meio das sesmarias que se iniciou a economia açucareira no Brasil, difundindo-se as lavouras de cana-de-açúcar e os engenhos. Embora tenha começado em São Vicente, ela logo se desenvolveu em Pernambuco, capitania mais próspera no século XVI. As demais fracassaram ou mal foram povoadas. Várias delas não resistiram ao cerco indígena, como a do Espírito Santo. Na Bahia, o donatário Francisco Pereira Coutinho foi devorado pelos tupinambás. Em Porto Seguro, o capitão Pero do Campo Tourinho acabou se indispondo com os colonos e enviado preso a Lisboa.

A Coroa portuguesa percebeu as deficiências desse sistema ainda no século XVI e reincorporou diversas capitanias ao patrimônio real, como capitanias da Coroa. Constatou também que muitos donatários não tinham recursos nem interesse para desbravar o território, atrair colonos e vencer a resistência indígena. Assim, a partir da segunda metade do século XVI, a Coroa preferiu criar capitanias reais, como a do Rio de Janeiro. Algumas delas foram mantidas como particulares e hereditárias, como a de Pernambuco.

Porém, a maior inovação foi a criação do Governo-geral, em 1548, com o objetivo de centralizar o governo da colônia, coordenando o esforço de defesa, fosse contra os indígenas rebeldes, fosse contra os navegadores e piratas estrangeiros, sobretudo franceses, que acossavam vários pontos do litoral. A capitania escolhida para sediar o governo foi a Bahia, transformada em capitania real.

Tamoios e temiminós nas disputas coloniais
Nos primeiros trinta anos do século XVI, os grupos indígenas do litoral não sofreram grande impacto com a presença dos europeus no litoral, limitados a buscar o pau-brasil. É certo que franceses e portugueses introduziram elementos até então estranhos à cultura dos tupis, como machados e facas, entre outros. Mas isso não alterou substancialmente as identidades culturais nativas. A partir dos anos 1530, franceses e portugueses passaram a disputar o território e tudo mudou.

A implantação do Governo-geral português na Bahia, em 1549, não inibiu tais iniciativas. Mas foi na segunda metade do século XVI que ocorreu a mais importante iniciativa de ocupação francesa, do que resultou a fundação da França Antártica, na baía da Guanabara.

Caçadores de almas: os jesuítas

A catequese dos indígenas foi um dos objetivos da colonização portuguesa, embora menos importante do que os interesses comerciais. No entanto, a crescente resistência indígena ao avanço dos portugueses e a aliança que muitos grupos estabeleceram com os franceses fizeram a Coroa perceber que, sem a "pacificação" dos nativos, o projeto colonizador estaria ameaçado.

Assim, em 1549, desembarcaram os primeiros jesuítas, liderados por Manoel da Nóbrega, incumbidos de transformar os "gentios" em cristãos. A Companhia de Jesus era a ordem religiosa com maior vocação para essa tarefa, pois seu grande objetivo era expandir o catolicismo nas mais remotas partes do mundo.

Desde o início, os jesuítas perceberam que a tarefa seria dificílima, pois os padres tinham de lidar com povos desconhecidos e culturas diversas. A solução foi adaptar o catolicismo às tradições nativas, começando pelo aprendizado das línguas, procedimento que os jesuítas também utilizaram na China, na Índia e no Japão.

Com esse aprendizado, os padres chegaram a elaborar uma gramática que preparava os missionários para a tarefa de evangelização. José de Anchieta compôs, por volta de 1555, uma gramática da língua tupi, que era a língua mais falada pelos indígenas do litoral. Por essa razão, o tupi acabou designado como "língua geral".


Santidade indígena

Santidade foi o nome dado à maior rebelião indígena no Brasil durante o século XVI. O nome refere-se ao forte caráter religioso do movimento, liderado por um pajé chamado António, que tinha fugido de um aldeamento da capitania de Ilhéus. Ele dizia encarnar um ancestral dos tupinambás chamado Tamandaré, e que tinha o poder de falar com parentes falecidos. Pregava que os portugueses seriam todos mortos ou seriam escravizados pelos indígenas. Incentivou rebeliões que incendiaram igrejas e engenhos. António também dizia ser o "verdadeiro papa", enquanto alguns dos seus principais seguidores tinham nomes de santos, como São Luiz ou São Paulo, e sua mulher era chamada de "Santa Maria Mãe de Deus". O movimento foi destruído por ordens do governador-geral em 1585.


As missões

Havia a necessidade de definir onde e como realizar a catequese. De início, os padres iam às aldeias, onde se expunham a enormes perigos. Nessa tentativa, alguns até morreram devorados pelos indígenas. Em outros casos, eles tinham de enfrentar os pajés, aos quais chamavam feiticeiros, guardiões das crenças nativas. Para contornar tais dificuldades, os jesuítas elaboraram um "plano de aldeamento", em 1558, cujo primeiro passo era trazer os nativos de suas malocas para os aldeamentos da Companhia de Jesus dirigidos pelos padres.

Os jesuítas entendiam que, para os indígenas deixarem de ser gentios e se transformarem em cristãos, era preciso deslocá-los no espaço: levá-los da aldeia tradicional para o aldeamento colonial. Foi esse o procedimento que deu maiores resultados. Esta foi uma alteração radical no método da catequese, com grande impacto na cultra indígena. Os aldeamentos foram concebidos pelos jesuítas para substituir as aldeias tradicionais.

Os padres realizaram o grande esforço de traduzir a doutrina cristã para a cultura indígena, estabelecendo correspondências entre o catolicismo e as tradições nativas. Foi assim, por exemplo, que o deus cristão passou a ser chamado de Tupã (trovão, divinizado pelos indígenas). A doutrinação colheu melhores resultados com as crianças, já que ainda não conheciam bem as tradições tupis. A encenação de peças teatrais para a exaltação da religião cristã - os autos jesuíticos - foi importante instrumento pedagógico. Os autos mobilizavam as crianças como atores ou membros do coro.

Mas os indígenas resistiram muito à mudança de hábitos. Os colonos, por sua vez, queriam-nos como escravos para trabalhar nas lavouras. Os jesuítas lutaram, desde cedo, contra a escravização dos indígenas pelos colonos portugueses, alegando que o fundamental era doutriná-los, e assim conseguiram do rei várias leis proibindo o cativeiro indígena.

História (Ensino Médio). I Vainfas, Ronaldo. São Paulo, Saraiva, 2016. P. 249 a 257


a) Explique como funcionou o sistema de capitanias hereditárias na América Portuguesa.

b) Quais os objetivos da Coroa Portuguesa ao criar o Governo-geral em 1548?

c) Caracterize a posição assumida pelos jesuítas em relação à escravização de indígenas.

Passo 3: Elabore uma pesquisa sobre os bandeirantes, mencionando o seu papel em relação às populações indígenas. Qual era o papel deles?


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Bons estudos!








quarta-feira, 24 de junho de 2020

A formação das Monarquias na Europa - Atividade de 29/06 a 10/07


Na foto, Luís XIV, o Rei Sol.



A formação das monarquias na Europa - Habilidades desenvolvidas: Reconhecer a importância do estudo das questões de alteridade para compreender as relações de caráter histórico-cultural, social e econômico, em contextos históricos específicos.

Olá! Hoje nós vamos estudar sobre a Formação do Estado Absolutista Europeu. Para isso, peço que siga os seguintes passos:


Passo 1: Assista a seguinte video-aula que foi disponibilizada pelo Centro de Mídias:



Passo 2: Leia os seguintes textos:


Texto 1

Absolutismo e direito divino dos reis

O bispo e teólogo Jacques Bossuet (1627-1704), confessor de Luís XIV, foi um dos maiores defensores da teoria do direito divino dos reis. Os reis, para Bossuet, só eram reis por vontade de Deus. A autoridade real era, portanto, sagrada, paternal, absoluta e submetida à razão. O rei não deveria governar por paixão ou capricho e só deveria prestar contas de seus atos a Deus. Bossuet afirmou: "Quanto menos contas o rei tiver de prestar aos homens, mais terá de prestar a Deus".

O duque de Saint-Simon (1675-1755), frequentador da corte de Versalhes e exímio cronista dos costumes, escreveu sobre Luís XIV:

Ninguém sabia melhor do que ele vender suas palavras, seu sorriso, até mesmo seus olhares. Tudo que provinha dele era valioso, porque fazia distinções e porque sua atitude majestosa ganhava com a raridade e a brevidade das falas. Quando se voltava para alguém, dirigia-lhe uma pergunta, fazia um comentário insignificante, os olhos de todos também se voltavam para aquela pessoa. Era uma distinção de que se falava depois, e que sempre trazia um acréscimo de reputação...

ROUVROY, Louis de (duque de Saint Simon). In: ELIAS, Norbert. 
A sociedade de corte. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. p. 145.


Texto 2


Discutindo o conceito de absolutismo

Nas últimas décadas, a historiografia especializada tem posto em xeque a validez do conceito de absolutismo. Muitos autores alegam, entre outras razões, que aquele conceito simplifica em demasia as experiências políticas e institucionais da Europa moderna, que incluía, em várias casos, monarquias plurinacionais em termos de línguas, costumes e legislação. Foi o caso, por exemplo, da Espanha dos Habsburgos, no reinado de Felipe II, que abrigava um conjunto de reinos (Castela, Aragão, Navarra), cada qual com língua e instituições próprias, além das possessões no Mediterrâneo, nos Países Baixos e no mundo ultramarino. Em artigo clássico, o historiador John Elliot lançou o conceito de monarquia composta para o caso espanhol, capaz de exprimir com mais realismo, no seu entender, o mosaico de reinos de que se compunha a Espanha moderna.



Passo 3: Agora responda as seguintes questões:


a) Segundo o texto 1, o que seria a teoria do direito divino dos reis?

b) O que Jaques Bossuet pensava sobre a autoridade real?

c) A teoria do direito divino dos reis "justificava" a autoridade real? Por que?

d) De acordo com o segundo texto, por que alguns historiadores questionam a validade do conceito de absolutismo?






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Bons estudos!